quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Stand by me, Nobody knows the way it's gonna be

Esse filme é um filme marcante da minha infância. Ele tem, afinal, muito bem dosadas as medidas que atraem o público, cativa e não se permite tornar cliché ou infantilizado. O roteiro é fantástico e cria esses personagens que são claramente sem idade. Neles podemos sentir a felicidade inconsequente, a melancolia de suas vidas pessoais, e também uma maturidade incomum. Esse mélange torna os personagens próximos um pouco de todos.
Particularmente, acho que o cenário de uma cidade pequena é opostamente tão opressora quanto o de uma cidade grande. O filme retrata ostensivamente os preconceitos projetados em cada um, que dá a cada ator seu papel e espera que ele e só ele seja interpretado. Daí surge o protagonista, dessa cobrança de ser alguém. O que o torna tão especial em relação aos demais é exatamente isso. Ele é, dentre todos os seus amigos, o único de quem se espera algo bom. E isso é claramente abordado como uma opressão tal qual as sofridas pelos demais.
Apesar de não ser realmente uma análise, mas não deixa de ser uma percepção notar que a gangue de Kiefer Sutherland seria a versão da gangue dos garotos segundo seus estereótipos. O filme tenta chegar próximo aos dramas pessoais de seus personagens mas sem parecer um resumo da vida em 2 horas. Trata então da forma usual no mundo real. Pouco se é falado e muito ou nem tanto sentido. A ingenuidade maior do filme é a de trazer a superação da imagem do irmão por Gordie com a criação de um perfil próprio de contador de histórias. Infelizmente, ou felizmente, o que cai muito bem na ficção não costuma acontecer na vida real, onde manter o sonho de infância como carreira é algo quase impensável (Graças a Deus, a meu ver).
De resto, não consegui ver a busca deles como algo além de um pretexto para uma jornada do que seria um auto-conhecimento. Não acho que o presunto tenha importância real na história. Inclusive é de se espantar como ele é tratado de forma tão natural. Sério! Não acho que crianças de verdade sairiam em busca de um defunto de boa como eles. Será que isso quer dizer algo?
A trilha sonora é ... não tenho palavras. Eu estou na época errada. Quanto à fotografia, não marcou muito, mas uma cena me chamou muito a atenção. A da imagem anexada. Pode ser besteira minha, mas não lembro de uma tomada estática com um zoom out tão distante dos personagens. Ficou muito legal.
Não poderia deixar passar em branco. O ano em que o filme foi feito foi, realmente, um ano em que muitas obras maravilhosas nasceram, não acham? lol

Listal: Mantive o 10.0

sábado, 11 de setembro de 2010

CONTA COMIGO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.









Stand by Me (br / pt: Conta comigo)

é um filme americano de 1986, do gênero drama, dirigido por Rob Reiner. O título vem de uma música com o mesmo nome de Ben E. King (que toca durante os créditos finais) e é baseado no conto The Body (no Brasil, "O outono da inocência - O Corpo", presente na coletânea "As Quatro Estações"), de Stephen King.

Sinopse

Gordie Lachance é um escritor, e recorda do verão de 1959, quando tinha doze, quase treze anos e vivia numa pequena cidade do Oregon, quando ele e mais três amigos saem em busca do corpo de um adolescente que estava desaparecido na mata há mais de três dias. O que eles não imaginavam é que esta viagem se transformaria em uma jornada de auto-descoberta, que os marcaria para sempre.

Elenco

Ator Papel
Wil Wheaton Gordie Lachance
River Phoenix Chris Chambers
Corey Feldman Teddy Duchamp
Jerry O'Connell Vern Tessio
Kiefer Sutherland Ace Merrill
Casey Siemaszko Billy Tessio
Gary Riley Charlie Hogan
Bradley Gregg Eyeball Chambers
Jason Oliver Vince Desjardins
Marshall Bell Sr. Lachance
Frances Lee McCain Sra. Lachance
Bruce Kirby Sr. Quidacioluo
William Bronder Milo Pressman
Scott Beach prefeito Grundy
Richard Dreyfuss Gordie adulto / narrador
John Cusack Denny Lachance

Principais prêmios e indicações

Oscar 1987 (EUA)

  • Indicado na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.

Globo de Ouro 1987 (EUA)

  • Recebeu duas indicações, nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Diretor.

Independent Spirit Awards 1987 (EUA)

  • Recebeu três indicações nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

Academia Japonesa de Cinema 1988 (Japão)

  • Indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.


Trilha sonora

[1]

  1. "Stand by Me" (Ben E. King)
  2. "Lollipop" (The Chordettes)
  3. "Book of Love" (The Monotones)
  4. "Everyday" (Buddy Holly)
  5. "Great Balls of Fire" (Jerry Lee Lewis)
  6. "Yakety Yak" (The Coasters)
  7. "Let the Good Times Roll" (Shirley e Lee)
  8. "Come Go with Me"
  9. "Get a Job" (The Silhouettes)
  10. "Rockin' Robin" (Bobby Day)
  11. "Mr.Lee" (The Bobbettes)
  12. "Whispering Bells" (The Del Vikings)
  13. "Come Softly to Me" (The Fleetwoods)
  14. "Hush-A-Bye" (The Mystics)

Roteiro

A história, baseada em um conto de Stephen King, remete claramente a uma fase de sua vida: seu irmão morto em um acidente de carro, o fato de o personagem principal ser um escritor famoso na velhice, e diversas outras metalinguagens pessoais. Outra característica curiosa do conto, é que os nomes de todas as cidades citadas em Conta comigo, com exceção de Castle Rock, são homenagens a lugares reais do Maine, estado onde Stephen King viveu quando criança.

Produção

  • O orçamento de Conta Comigo foi de oito milhões de dólares.
  • Antes de Richard Dreyfuss ficar definitivamente com o papel do escritor, diversos atores foram chamados para o papel, sendo que um deles chegou a gravar diversas cenas que tiveram que ser regravadas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vida de Cachorro!

Primeiro gostaria de dizer que um filme que começa e termina em uma noite de Natal, já merece 9,0, afinal de contas, Natal é Natal. Segundo, que filme lindo, tocante, puro, singelo, sem grandes aspirações, com a única intenção de aquecer nossos corações, é sim, é esse o objetivo do filme, aquecer nossos corações com amor e compaixão. Lady, é uma princesa, qual o problema de ser princesa?! E vagabundo é o perfil cafajeste e mesmo assim ela deu uma chance a ele e, no fim, o amor venceu, como em todo bom filme da Disney. Pra mim, nada mais simples do que isso, a simples e pura felicidade reinando. Qual o problema disso? Será que temos que complicar tudo e por isso poderíamos não achar esse um filme tão bom quanto ele é?? Será que a Pixar cegou nossos olhos para as coisas simples e os valores mais importantes?? As crianças precisam saber a importância do simples sentimento bom, e é isso que o filme passa, é um filme para a família e para as crianças. Os filmes de desenho atuais não são desenhos, são tão realistas que vc não sabe se aquilo não é um andróide! Passam valores complexos que a maioria das crianças não entende porque são pequenas demais, e também não interessam aos adolescentes, afinal de contas, é um filme infantil. Talvez se as coisas fossem tão claras como nesse filme as crianças gostariam mais de ir ao cinema com seus pais, e não iam estar indo ao cinema pra namorar. Fato.
Clássicos Disney, talvez seja disso que precisamos, menos psicologia e mais simplicidade de ideias.


Nota: 10,0 (Por tudo, digamos assim.)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Lady and a Tramp

Esse filme é um clássico adorado por muitos, mas que nunca gostei muito. Sempre me incomodou um pouco. Agora acho que entendi o motivo. Esse filme é um filme extremamente humano, e quando digo isso não me posiciono contra a personificação de animais em desenhos animados. A questão toda é, por que não é desenhada como uma história de humanos?
Existem outras animações com personificação de animais, como Vida de Insetos. A questão toda é Vida de Insetos é muito próximo de todas as animações com humanos, como Aladdin etc. O filme trata de uma pessoa com uma falha ou uma posição não muito boa, mas com ideais e posicionamentos elevados. Independente da pobreza, mesmo que tenha um interesse por trás (afinal sempre temos), Aladdin é um justiceiro e um idealista. Assim também a formiguinha que não lembro o nome, que trata de questões como quebra de barreiras sociais, mas por valores.
A Dama e o Vagabundo não se parece em nada. A Dama não é uma personagem, como Jasmim, que quer algo mais da vida. Que quer liberdade ou uma vida melhor. O que ela quer é continuar com suas regalias gratuitas, e aí entra a idéia do cachorro. Representar os personagens como cachorros foi uma saída para tornar personagens fracos em personagens queridos. Uma personagem como Lady, sendo humana, teria que, no mínimo, ter um ato heróico a favor de seu amado para provar que se redimiu de sua fraqueza de personalidade. Sendo uma cadela, para mim no sentido mais amplo, ela é sempre uma vítima inquestionada. Ela não precisa fazer nada além de ser fofinha para ter comida, lar e, mesmo depois, que as pessoas se sacrifiquem por ela. Isso por ser uma Lady de natureza, como se isso fosse uma questão de nascença. Estão vendo aí a diferença? Ela não seria uma personalidade forte como as princesas Disney ou um clichê total como a Branca de Neve, mas que ninguém critica por ela nunca ousar fingir ser mais que um sonho de vida perfeita. A Lady vem trazer para uma história mais próxima, do nosso cotidiano, uma série de preconceitos e injustiças sociais que sequer são expostas como uma realidade do mundo, mas como um benefício de nascença. Ela é uma representação de uma cortesã no mundo burguês.
Eu simplesmente detesto o papel de eterna vítima dela, mas outras questões me chamaram a atenção. Sempre vi o filme como um romance entre classes diferentes. Comecei a me questionar se era isso mesmo por duas questões. Inicialmente comecei a ver como ela é imatura e o Vagabundo é bem mais maduro. Então comecei a achar que não era só uma questão de Rica-Pobre, mas também uma questão de idade. O Vagabundo não sugere ser velho, por assim dizer, mas sugere ser consideravelmente mais velho que Lady. Outra questão é a clareza dele sobre a situação e sobre a realidade social dela e a educação e polidez dele. Isso sugere que, mesmo vivendo como vagabundo, ele não só viveu antes com uma família, mas possivelmente viveu com o mesmo status que Lady. Ele não é um personagem de ideais. Ele não denuncia ter saído do lar por um posicionamento. Ele fugiu do problema. Ele não é nenhuma personalidade ideológica em si. Ele deveria ser o personagem principal, já que sua história é muito mais interessante. Essa estória, no entanto, não seria uma estória de vencer barreiras, mas uma estória de um personagem que fugiu diante da dificuldade e, por uma questão de sorte e por ter sabido aproveitar a oportunidade e as fantasias românticas ingênuas de Lady, conseguiu uma segunda chance.
E, para concluir, o romance é um romance sem fundamento. Novamente fazem um romance de ações. Isso quer dizer, à medida que o Vagabundo faz coisas por ela, ela é mais grata e por isso ficam juntos. Essa formula é uma fórmula que não promete dar certo e a melhor coisa que fazem é cortar com um "E foram felizes para sempre". Se não fossem assim, iriam denunciar como dois estilos de vida tão diferentes tendem a gerar muito mais problemas que soluções.


PS: Esclarecendo, antes de mais nada: eu gosto de A Dama e o Vagabundo. Só é que parece que todo mundo gosta muito mesmo, e eu nem tanto.


Listal: Mantive o 8.0 por ser clássico Disney.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lady and the Tramp (1955)

Finalmente estamos de volta, caros amigos!! Após uma longa temporada de preguiça e falta de tempo voltamos para escrevermos nossas tão interessantes opiniões sobre o mundo cinematográfico e suas melhores (e piores produções). Para começar, resolvemos lançar uma série de filmes que gostamos muito de assitir e gostariamos de comenta-los não importa o quão velhos, repetidos ou infantis eles seja, é a nossa série: "Os Nossos Melhores Clássicos de Todos os Tempos".
Para começar, iniciaremos com um filme que mexeu com todos nós na mais antiga infancia que podemos pensar, A DAMA E O VAGABUNDO. Não aquela nova versão remasterizada que ninguem consegue identificar os personagens porque trocaram a voz dos dubladores, mas sim aquela versão antiga, de 1955, produzida para VHS e que tinhamos em casa junto com a nossa "Coleção Clássicos Disney".

"Gerações de fãs se apaixonaram pelo 15º longa-metragem de Disney - uma aventura fantástica recheada com maravilhosas canções sobre Dama, uma adorável cocker spaniel e um cachorro das ruas, Vagabundo. Como um dos mais maravilhosos clássicos da Disney, A Dama e o Vagabundo traz uma fábula encantadora que vai conquistar todos que compartilharem sua magia.

Quando a Tia Sarah se muda com seus gatos Si e Am para a casa de Dama, acontece algo inimaginável - a querida cachorrinha passa a usar uma focinheira. Em seu desejo de liberdade, Dama é atraída pelo charme irresistível de Vagabundo, um cachorro que perambula pelas ruas da cidade. Com seus amigos Joca, Caco e Peg, eles vivem aventuras repletas de suspense em uma deliciosa belle notte, quando Dama descobre o verdadeiro significado de ser livre."
Fonte: http://www.animatoons.com.br/movies/lady_and_the_tramp/

"Peggy Lee later sued Disney for breach of contract claiming that she still retained rights to the transcripts. She was awarded $2.3m, but not without a lengthy legal battle with the studio which was finally settled in 1991.

The first feature-length animated movie to be made in widescreen (2.55:1). Made simultaneously in both a widescreen CinemaScope version and a standard Academy ratio version. It's also the widest film the company has ever created.
"Darling's" real name is never used, even her friends call her "darling" at the baby shower. It is unclear if that's her name or an endearment.
Before animating the fight between Tramp and the rat, animator Wolfgang Reitherman kept rats in a cage next to his desk to study their actions.
In the 1999 video release, some scenes had pieces of dialogue missing that had been part of the original theatrical release. This was believed to be caused by the studio restoration process that incorporated both US and international formats of the film, which inadvertently created a hybrid version. Disney often produces different international and foreign versions of their films to make the foreign dialogue fit.

The 1962 re-release of this film was shown on a double bill with the first release of Disney's Almost Angels (1962).
In early script versions, Tramp was first called Homer, then Rags and Bozo. A 1940 script introduced the twin Siamese cats. Eventually known as Si and Am, they were then named Nip and Tuck.
Peggy Lee helped promote the film on the Disney TV series, explaining her work with the score and singing a few numbers.
The film's opening sequence, in which Darling unwraps a hat box on Christmas morning and finds Lady inside, is reportedly based upon an actual incident in Walt Disney's life. After he'd forgotten a dinner date with his wife, he offered her the puppy-in-the-hat box surprise and was immediately forgiven.
A model of the inside of Jim Dear and Darling's house was built as a guide for staging.
The decision to film in Cinemascope was made when the film was already in production, so many background paintings had to be extended to fit the new format. Overlays were often added to cover up the seams of the extensions.
The original story was created by Joe Grant while Snow White and the Seven Dwarfs was nearing post-production. Ward Greene used Joe Grant's original version as the basis for his novel. Greene's novel was still being written while the film was still in production. Grant's wife was said to have been angry over the story being "stolen" but Walt Disney maintained all legal rights to the story.
The film's setting was partly inspired by Walt Disney's boyhood hometown of Marceline, Missouri.
Walt Disney read Ward Greene's story, "Happy Dan, the Whistling Dog" in Cosmopolitan magazine in 1943 and eventually hired Greene to include the Dan character in the film during the pre-production stage. But Greene wrote and published an entirely new story "Lady and the Tramp; the Story of Two Dogs," which became the source of the film.
Disney's 15th animated feature.
To maintain a dog's perspective, Darling and Jim Dear's faces are rarely seen.
The background artists made models of the interiors of Jim Dear and Darling's house and shot photos from a deliberately low angle to simulate a dog's eye view of their world.
The Beaver character was effectively recycled as the Gopher in Winnie the Pooh and the Honey Tree (1966), right down to his whistling speech pattern. This voice was originally created by Stan Freberg who had a background in comedy voices. The demands of voicing the character proved too much, however, so Freberg eventually resorted to using a real whistle to capture the whistling effect.
In 1937, story man Joe Grant approached Walt Disney with some sketches he had made of his Springer spaniel called Lady. Disney really liked the sketches and told Grant to put them into a storyboard. However, Disney ultimately didn't think much of the finished storyboard. Six years later, he read a short story in Cosmopolitan by Ward Greene called 'Happy Dan the Whistling Dog'. He was sufficiently interested in the story to buy the rights to it. Then in 1949, after Joe Grant had left the studio, his spaniel drawings were unearthed and a solid story using his designs started to take shape. Grant never received any acknowledgement for his contribution to the film until the Platinum Edition DVD in 2006.
As the story was being developed at the studio, Ward Greene wrote a novelization. Walt Disney insisted that this be released some two years before the film itself to give audiences time to familiarize themselves with the plot.
CinemaScope presented some new problems for the animators. The wider canvas space made it difficult for a single character to dominate the screen, and groups had to be spread out to keep the screen from appearing too sparse.
As the release date neared, Walt Disney was dismayed to learn that not all theaters were equipped to show a film in CinemaScope. Consequently, another version of the film had to be made, this time in original aspect ratio.
At the time of its release, this was the highest grossing Disney cartoon since Snow White and the Seven Dwarfs (1937).
A dream sequence where giant dogs take their owners for walkies was scrapped because of adverse audience reactions.
The studio's first officially self-penned story since Dumbo (1941).
Hiring Peggy Lee arguably was the first instance of a superstar voice being used for an animated film.
Walt Disney originally didn't want to include the 'Bella Note' spaghetti-eating scene, now one of the most iconic moments in the whole Disney canon.
Barbara Luddy was nearly 50 when she voiced the young Lady."
Fonte: http://www.imdb.com/title/tt0048280/trivia




http://www.imdb.com/video/screenplay/vi3967549721/