sábado, 19 de dezembro de 2009

#13 - Deconstructing Harry (1997)

Lembram-se daquele Woody Allen neurótico, que recusava sair de Nova York, odiava a imprensa e fazia filmes herméticos? Pois ele mudou muito. Nada como um romance e posterior casamento com uma moça quarenta anos mais nova que ele para virar a cabeça de qualquer sessentão. Allen surtou e a prova disso está ''Desconstruindo Harry'' que nos chegou com atraso de dois anos.

Pela primeira vez num filme ele utiliza palavrões (de monte), brinca explicitamente com sexo (uma das cenas chaves mostra um casal adúltero fazendo sexo oral) e até faz confissões (seu personagem adora prostitutas!). Felizmente este surto tem momentos geniais. A partir da primeira seqüência ele procura também a desconstrução da imagem.

É a história de Harry Block, um escritor em bloqueio criativo que faz uma viagem para receber um prêmio em sua antiga escola. Mas Woody não tem pudor em desperdiçar idéias brilhantes em meros episódios passageiros. Tem até Demi Moore fazendo pontinha e Robin Williams como um homem que está meio fora de si (e por isso sempre aparece desfocado!).

Nem todas as idéias dão certo quando ele dá vida a seus personagens fictícios (está ficando cada vez mais árduo separar a ficção de sua autobiografia). Mas o amor lhe rejuvenesceu. Woody parece um jovem cineasta, fervilhando de idéias e criatividade. Uma pena que justamente nesse momento ele tenha perdido seu público. Nos Estados Unidos e aqui, a platéia se afastou dele, praticamente o esquecendo. Mesmo assim, Allen continua a ser um dos poucos grandes cineastas ''autores'' americanos. Um pouco gagá mas sempre genial.
POR: Rubens Ewald Filho

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Solidão e a Miséria

Eu definitivamente me incomodei com esse filminho, bem curtinho mas comovente. Me incomodei com sua solidão e a sensação de miséria que ele deixa transparecer. Nada mais é do que o reflexo de uma criança abandonada, rejeitada, acolhida por alguém que não conseguiu despachá-la e teve que acolhe-la. Realmente deve ser o reflexo da vida do próprio ator/diretor/produtor, mas também é tão atual que mostra a realidade de hoje em todas as suas partes. Foi um filme tocante sem dúvidas. Gostei da fotografia tb, obviamente as coisas tostas de um filme antigo me incomodam pq gosto de coisas modernas, mas esse é sem dúvida belo.

NOTA DO LISTAL: 8,0

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O guri

Achei o filme muito bom. Não posso dizer que é o melhor, porque ainda não consigo superar minha predileção por tempos modernos, mas, dos filmes de Chaplin que eu já vi, esse é, definitivamente, o mais bonito.
Tem cenas que são lindas demais, como a cena em que o Garoto vai fazer o jantar e exige que o Vagabundo levante-se para sentar-se à mesa para comer, mas não sem antes rezar. A cena da mãe sentada na calçada, olhando para o céu, com um bebê de uma família pobre no colo e o Garoto sentado na escada, logo ao lado, também é muito bonita. Fotografia em filme de Chaplin não precisa de comentário. A estória em si é sobre um drama de uma mãe solteira que, ao se deparar com as dificuldades e desprezo pela sua condição, num impulso, deixa o Garoto em um carro de uma família rica. Após um tempo de caminhada, ela se arrepende e volta para resgatar eu filho, mas não encontra mais o carro no local. Então, ela bate à porta da família desesperada na tentativa de conseguiu o filho de volta, mas o chauffeur, enquanto ela explica a situação para a dona da casa, informa que o carro havia sido roubado.
O Vagabundo termina encontrando o Garoto e, não conseguindo livrar-se dele, termina lendo a nota que diz "Love and Care for this orphan child".
Um monte de coisa acontece e, indo direto para o sonho, achei peculiar uma coisa. Durante todo o filme ele vive com o Garoto e se afeiçoa e necessita dele. Em momento algum, se não no sonho, aparece mulher alguma para ele (digo, como relacionamento). Então, de forma meio solta no filme, me pareceu que o sonho representava o amor puro de uma criança como salvação e a mulher como a perdição do homem. Após ler o Teaser até tentei ver se era uma relação com a vida pessoal no momento em que ele vivia, mas, levando-se em conta que ele havia perdido o filho e que não sei o motivo da separação da mulher, não consegui fazer relação com segurança de nada. Em resumo, achei o sonho um tanto solto da trama, que é toda muito bem amarrada.

Ps.: Achava que esse era o filme da rosa vermelha. Descobri que não é. Qual é ele, finalmente?

NOTA NO LISTAL: 9.0

O Garoto (1921)


















O filme começa com um letreiro dizendo que traz "um sorriso e talvez uma lágrima", uma boa definição deste que talvez seja o filme de Chaplin que melhor equilibre humor e sentimentalismo e um dos que melhor envelheceu.

Inicialmente concebido como um curta, acabou ficando um ano em produção e tornando-se o primeiro longa do diretor (o que era uma ousadia na época), extremamente elaborado; o perfeccionista Chaplin filmou mais de 50 vezes a metragem total do filme até ficar satisfeito com o resultado. Além disso, boa parte da magia deve-se ao menino Coogan (1914-84), ótimo ator e que fazia uma perfeita combinação com Chaplin (o filme tornou-o um astro muito popular no período mudo até decair na adolescência; anos depois sua família gastaria todo o dinheiro que ele ganhara, provocando a criação de uma lei para proteger atores infantis de seus pais ambiciosos, até hoje chamada de Coogan Act; mais tarde ele teria novamente popularidade como o Tio Fester da série de TV "A Família Addams").

O filme foi feito num momento delicado da vida de Chaplin, quando tinha problemas no casamento (sua futura esposa Lita Grey aparece no filme, como o anjo coquete que tenta seduzi-lo na seqüência do sonho) e seu filho nascido com problemas de formação morrera após três dias de vida. Isto mais as óbvias semelhanças entre o filme e a infância miserável do diretor em Londres, onde também foi tomado da mãe e enviado para um orfanato, podem explicar o extremo vigor e carinho com que abordou o projeto e a perfeição do resultado, sem dúvida um dos pontos altos de sua carreira e um de seus maiores sucessos de bilheteria.

Por: Rubens Ewald Filho

(Fonte: http://cinema.uol.com.br/dvd/o-garoto-1921.jhtm)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Um Amor pra Recordar..."

O espírito da coisa é bem simples, um homem ama uma mulher, que ama o mesmo homem, que, devido a motivos externos, acaba não ficando inicialmente com esse homem, mas que, no fim, obviamente, o amor sempre vence. A graça desse filme, eu acho, está na liberdade dos personagens, e na certeza de uma sentimento eterno entre eles, a demência é na verdade mais uma maneira de mostrar que o amor entre os 2 personagens era eterno, e que sempre vencia no final. É uma bela história de amor, lógico que já dá pra saber desde a primeiríssima cena do filme tudo o que vai acontecer, é também um filme de "sessão da tarde", mas convenhamos que nós já vimos nos filmes favoritos passar na "sessão da tarde"!! O clichê do filme não incomoda, e nos leva a acreditar num amor sem preconceitos, barreiras, joguinhos e livre, livre de teorias, amarras, tecnicismos e pretensões. Talvez a casa representasse o motivo do reencontro, ou o elo perdido entre os personagens, era um lugar seguro para o amor entre eles. Ah, e o final?! Fala sério, todo mundo queria que eles morressem juntos!! E o amor vence no final!! Fofo, fofo, fofo... e olha que eu tenho pavor da morte!!!
Gostei bastante do filme. Adoro filmes de amor!! "All you need is love, all you need is love, love, love is all you need!"

NOTA DO LISTAL: 8,0

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A casa de Noé

Revoltante. Fiquei procurando o tal do notebook durante o filme todo e não achei. Era para ser tipo She-ra? Ele estava escondido atrás de uma árvore? Será que era um Macbook? Um Dell? Eu não sei porque não achei.
Superada a frustração, o resto do filme é legal. Tenho que admitir que, em minha busca, não devo ter captado todo o espírito.
Brincadeiras à parte, o filme é bonitinho. É, mais uma vez, a história da menina rica que se apaixona por um pé rapado. Nesse caso, isso é uma paixão de verão durante sua juventude. Percebendo que a realidade dos dois eram muito diferentes, Noé (desculpe, mas meu espírito TNT está na toda hoje) termina iniciando uma discussão que levou ao que, possivelmente seria um rompimento. Possivelmente, afinal não deu tempo. Pois é! É que Eufrazino (seu pai) e sua mãe, no dia seguinte, a levam embora. Imagine só! Senti até o sofrimento dela. Coitada (desde a noite anterior).
Por fim, tem o desencontro, óbvio, e ele, como um bom homem de respeito, foi lutar pela honra de seu pais na guerra. Quando voltou, voltou com uma marca de guerra (sua barba. Única diferença entre o personagem pré e pós-guerra. Acho que tentaram deixar ele mais másculo, sei lá. Na verdade, não mudou em nada.) e começou uma relação puramente sexual com a ex-mulher de um amigo seu (risos). Nesse meio tempo, ele reformou a casa que seu pai comprou antes de morrer, que tinha sido o lugar onde Noé e Elisabete tinham tido sua primeira e única vez. Provavelmente pensou que, se enquanto ela estava acabada, ela deu sorte para ele, imagine quantas garotas não iam ficar atrás dele depois dela reformada. Ao acabar a reforma, ou melhor, reconstrução (acreditem, pegar casa velha caindo aos pedaços como ele para reformar, geralmente sai mais caro que construir uma nova), Noé começa a anunciar a venda. Só de sarro, porque ele não queria vender p* nenhuma. Provavelmente porque ele devia estar ganhando muito como traficante, porque juro: depois que voltou da guerra, ele não fazia mais nada. Não trabalhava e ficava o dia inteiro em casa. Ou ele trabalhava com coisas ilícitas ou tinha aplicado um golpe no INSS. Vai ver ele fingiu alguma doença mental ou coisa assim. Fingir que perdeu os braços acho um pouco mais difícil.
Anyway, cansei de escrever. Elisabete, com aprovação do noivo, vai dormir com Noé. Isso tudo porque ele apareceu em um jornal de quinta (sério! Que jornal bota uma foto enorme daquela, uma matéria de destaque, sobre uma casa reformada à venda? Isso é porque provavelmente era estilo BATV. Não tinha notícia para dar, e aí, até roubo de celular na Av. Sete vira notícia. Ou então era pago por ele para atrair as chicas). Pois bem, ela larga o noivo de vez e fica com ele.
Sério que você achou que esse filme não tinha nada de brega? Ele tem. O filme todo é a narração de Noé, que se disfarçou de Duque para fins secretos, contando a estória deles para Elisabete, que sofria de Alzheimer. Na hora que ela morreu, ele ficou ao seu lado fingindo de morto. Sério? Podia passar sem essa. Nem sei porque a Hallmark não passa muito esse filme. Ele são fans de doenças degenerativas.

NOTA NO LISTAL: 7.0

domingo, 25 de outubro de 2009

#11 - The Notebook (Diário de Uma Paixão) 2004


"Uma mulher vítima de uma doença degerenativa está internada num asilo. Para entretê-la, seu grande amigo (Duke) lê a história, escrita num velho diário onde a história se passam nos anos 40, de uma jovem chamada Allie Hamilton foi passar suas férias junto a sua família na cidade litorânea de Seabrook, na Carolina do Norte, onde acaba se apaixonando por Noah Calhoun. No decorrer da história Noah mostra uma casa perto do lago e promete que irá reforma e transforma-la na futura casa do casal. Porém na noite mesma o casal briga e Noah termina com ela, pois sabe que no fim do verão ela irá embora, além dos pais dela não aprovarem a relação. No dia seguinte os pais de Allie acabam saindo da cidade mais cedo sem que ela tenha tempo de falar com Noah. Noah arrependido escreve cartas para ela por durante um ano, foram 365 cartas, porém sem receber noticias dela, ele acaba se mudando para Atlanta e se alista ao exercíto no periódo da segunda guerra. Nesse período Allie está na faculdade e se inscreve para ser voluntária de enfermagem, onde lá conhece seu futuro noivo, Lon, soldado abastado e que os pais de Allie aprovam.
Ao voltar para sua velha cidade, o pai de Noah compra a casa perto do lado e ambos a reformam, Noah acha que ve Allie na rua e pensa que se reforma a casa, Allie de algum jeito voltará para ele. Porém alguns anos depois, o pai dele morre e a casa foi a única coisa que sobra. Após termina de reforma-la pensa em colocar fogo nela, mas muda de idéia e decide vende-la, porém nunca fica satisfeito com as ofertas, até mesmo quando o comprador oferece mais dinheiro que ele pede, ele diz que somente um louco faria uma oferta maior e não deseja um louco na casa dele. Nesse tempo ele tem um relacionamento com Marta, uma viuva de guerra que mora na cidade vizinha.
Ao ver uma foto de um jornal de Noah e sua casa, Allie decide ir a velha cidade, onde aparece de surpresa na casa dele, porém acaba se arrependendo e ao tentar sair acaba batendo em uma cerca, ele ainda supreso com o aparecimento dela chama-a para entrar e ela conta sobre o noivado, ele a convida de aparecer amanhã para que ele possa mostrar algo, ela aceita. No dia seguinte ele a leva para um rio. Na volta ela pergunta o motivo dele nunca ter escrito uma única carta para ela, pois o esperou durante 7 anos pensando que não havia acabado. Então ele a conta que escreveu por um ano e que para ele não havia acabado para ele também e a beija, e depois acabam dormindo juntos.
No dia seguinte, a mãe de Allie aparece e devolve todas as 365 cartas que ela escondeu. Depois de dar uma volta com a mãe, Noah a faz um ultimato para que ela decida entre ele e o noivo dela, mas ela fica em dúvida, então eles brigam e diz que ela deve fazer o que ela quer não o que os outros acham que ela deve fazer. Na estrada ela começa a ler todas as cartas, depois volta para seu quarto alugado e encontra seu noivo, eles tem uma longa conversa. E no fim na história Duke conta que eles vivem felizes para sempre, mas sua amiga pergunta com quem e ela acaba recordando que ela é Allie da história e que Duke é Noah, porém sua memória some novamente e não o reconhece tento um ataque de histeria, sendo sedada pelos médicos, na mesma noite Noah tem um ataque cardíaco, mas se recupera e vai visitar Allie em seu quarto, e ela se lembra dele e pergunta o que ele fará quando ela não se recordar mais dela, ele diz que nunca abandonara ela e ambos descansanm na cama, esperando pela morte juntos."
Elenco
Rachel McAdams - Allie Hamilton (jovem)
Ryan Gosling - Noah Calhoun (jovem)
James Garner - Noah Calhoun
Gena Rowlands - Allie Hamilton
Joan Allen - Mãe de Allie
Heather Wahlquist - Sara Tuffington
Elizabeth Bond - Secretária
Jamie Brown - Martha Shaw
Nancy De Mayo - Mary Allen Calhoun
Jennifer Echols - Enfermeira Irene
Sylvia Jefferies - Rosemary
Eve Kagan - Ellen
Meredith Zealy - Maggie Calhoun
James Marsden - Lon Hammond Jr.
Kevin Connolly - Fin
Andrew Schaff - Matthew Jamison III
Geoffrey Knight - Barker
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Notebook

Nota do IMDB: 8,0

sábado, 24 de outubro de 2009

MILK

É, eu estou atrasadinha... sorry for that... mas voltando a "Milk" o filme da semana passada... posso dizer que é uma biografia como todas as outras que mostra basicamente a trajetória no movimento gay nos EUA, que usa o personagem principal como martir, como em todos os movimentos de minorias nos EUA usam. Pra mim, mostra uma história interessante, mas comum. Se trocassemos o grupo de pessoas, para negros por exemplo, a história seria contada da mesma forma e Mr. Milk seria substituído por Martin Luther King...
Mas, no geral, é um excelente filme, bem dirigido, com ótimos atores, Sean Penn sempre maravilhoso, enfim, um filme de boa qualidade que vale a pena assistir.

NOTA DO LISTAL: 7,0

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Miuque

Milk é um bom filme. Eu acho que não é nem de perto maravilhoso, mas bom. É um filme que relata a luta de um homossexual pela igualdade de direitos entre homossexuais e não homossexuais. Parece um filme interessante não? Também achei inicialmente. Parece uma boa história para um filme. Achei que gostaria realmente, mas é bastante entediante o filme. Ele mostra uma pessoa comum que não parece ter nada de muito interessante em sua vida particular. Portanto, é mostrada a vida política de Harvey Milk como tema central. Venhamos e convenhamos, a vida política não é o que pode haver de interessante na vida de uma pessoa, a não ser que seja um grande revolucionário como Che. Não é o caso.
Acho que o filme deve ser assistido, afinal retrata um momento importante na história dos direitos humanos, mas alerto que não espere muita coisa. Tecnicamente não há nada de mal a falar. O filme é definitivamente muito bem feito, só a trama que é um tanto sem clímax. Dou ponto também pela naturalidade criada nas cenas mais adultas.

NOTA NO LISTAL: 6.0

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

#10 - MILK


Uma cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70, sendo o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos Estados Unidos. No ano seguinte, Milk foi assassinado por um adversário de carreira política desconsolado com a perda nas urnas.


Ficha Técnica
Título original:
Milk
Gêneros:
Biografia, Drama
Tempo:
126min
Ano:
2008
Direção:
Gus Van Sant
Roteiro:
Dustin Lance Black
Elenco:
Elenco:
Sean Penn (Harvey Milk)
Emile Hirsch (Cleve Jones)
Josh Brolin (Dan White)
Diego Luna (Jack Lira)
James Franco (Scott Smith)
Alison Pill (Anne Kronenberg)
Victor Garber (Mayor George Moscone)
Denis O'Hare (State Senator John Briggs)
Joseph Cross (Dick Pabich)
Stephen Spinella (Rick Stokes)
Lucas Grabeel (Danny Nicoletta)
Brandon Boyce (Jim Rivaldo)
Howard Rosenman (David Goodstein)
Kelvin Yu (Michael Wong)
Jeff Koons (Art Agnos)


Who are you? Where are you from CIA, NSI, FBI??

Acho que não gosto dos diretores desse filme, todos os filmes que assisto deles eu acho bem +ou-, ontem assisti mais um: Onde os Fracos Não Têm Vez. Achei chato, estranho e monótono. Talvez que realmente não entenda a idéia principal dos filmes... enfim, não são meus favoritos não. No caso do filme da semana (Queime Depois de Ler), é bem monótono também, consigo citar as cenas que achei engraçadas: Embaixada russa: “PC or MAC?”; Casa de Harry Pfarrer (George Clooney) e aquela cadeira erótica ridícula!!; Brad Pitt dançando como ipod no ouvido dentro do carro, na frente da casa de Osbourne Cox; Brad Pitt se escondendo de George Clooney no armário.
Impressionante que o filme apresenta elementos ótimos: Bons atores atuando muito bem, uma história interessante e uma fotografia agradável e mesmo assim ainda não me agradou.
NOTA DO LISTAL: 5,0

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dormindo em frente à tela

Não sei nem o que comentar sobre o filme. Chato...Fucking boring. Bons atores, mas o filme continua sendo chato. O pessoal é meio esquisitão, mas isso não faz que o filme deixe de ser chato. Não é que ele seja ruim...ele só é chato. É o tipo de filme que eu daria uma segunda chance se pegasse passando em um canal qualquer - legendado, claro - mas minha primeira impressão não foi muito boa. A questão toda é que não sei dizer exatamente porque não gostei. Pode ter sido um dia ruim para mim...ou melhor...3. Dormi 2 vezes vendo o filme.

NOTA NO LISTAL: 5.0 - Pelos atores legais que fizeram papeis legais e pelo estilo esquisitão independente...infelizmente isso não me manteve acordado.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

#9 - Queime Depois de Ler

Por: André Azenha

queime

Queime Depois de Ler (Burn After Reading, EUA, 08). Direção e roteiro: Joel e Ethan Coen. Elenco: George Clooney, Frances McDormand, Brad Pitt, John Malkovich, Tilda Swinton, J.K. Simmons. Comédia. 96 min.

7,5

Após a consagração no Oscar de 2008, os irmãos Ethan e Joel Coen voltaram a investir no humor negro com um filme que beira o pastelão em alguns momentos. “Queime Depois de Ler” é mais “Fargo” que o premiado “Onde os Fracos Não Têm Vez”, ainda que recorra, em escala menor, a elementos de ambas as produções.

Do filme de 1996 (que rendeu Oscar de roteiro para a dupla e de Melhor Atriz para Frances McDormand, esposa de Joel Coen e protagonista deste longa), são heranças o humor negro e a crítica à ganância sem precedentes. Do último, vencedor das estatuetas de Filme, Direção, Roteiro Adaptado e ainda Ator Coadjuvante para Javier Barden, ficaram o desfecho anticlimático (menos chocante), e o paralelo à violência americana.

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Ainda que mantenha as (boas) características de uma produção dos irmãos, o longa soa inferior aos filmes anteriores da dupla e se sustenta principalmente na interpretação natural do elenco respeitável.

Desta vez, os Coen (diretores e roteiristas) satirizam os filmes de espionagem. Um ex-agente da CIA, Osbourne Cox (John Malkovich), que pediu demissão quando a agência lhe ofereceu um posto burocrático, decide escrever um livro de memórias que cai nas mãos de dois palermas instrutores de academia, Linda (Frances McDormand) e Chad (Brad Pitt) - que querem lucrar com o material.

À história de chantagem somam-se a mulher de Cox, Katie (Tilda Swinton), que o trai com um segurança do governo (George Clooney), que por sua vez marca um encontro pela Internet com Linda, que desesperadamente está querendo fazer cirurgias para ficar mais jovem, e por aí vai… É o círculo de ações de um “Grande Lebowski”, com doses de “Fargo”, acrescentando pitadas de ironia à busca desenfreada pela beleza, tudo num tom sarcástico, pontuado por personagens idiotizados (inclusive os agentes da CIA). É praticamente uma comédia pastelão. A celebração do absurdo pelo absurdo. Pra se ter uma idéia, a palavra “fuck” é dita sessenta vezes no decorrer da projeção, sendo que seis delas somente nos dois primeiros minutos do filme.

queimetres

Mais que tudo isso, trata-se de um longa-metragem realizado por pessoas que se gostam e parecem ter se divertido pacas nas filmagens: Pitt (impagável como um instrutor bobalhão) trabalhou com Clooney em “Onze Homens e Um Segredo” e suas duas continuações; Clooney por sua vez dividiu a tela com Tilda Swinton em “Conduta de Risco” e já atuou sob a batuta dos Coen. E Frances McDormand… Bem, além de esposa de Joel, trabalhou em vários outros filmes dos cineastas. Já John Malkovich novamente se destaca - é o ator mais expressivo do elenco. Seu personagem foi criado especialmente para ele e o veterano artista não parece ter feito muito esforço para compor o agente frustrado e ressentido.

De ambição artística menor, “Queime Depois de Ler” abriu o Festival de Veneza, mas não repetiu as premiações das obras anteriores dos Coen. Porém, pode garantir boas risadas, principalmente se não for levado a sério.

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(Fonte: http://cinezencultural.com.br/site/?p=676)

domingo, 4 de outubro de 2009

Espirito Vs. Corpo

Por incrível que pareça, me senti feliz após assistir ao filme.
O filme foca sua temática em uma família criada para a arte. Um lar que foi fundado por dois personagens com sucesso profissional, o marido prático, e a esposa decoradora e admiradora das belas-artes, porém a esposa tinha uma voz mais forte. Ela foi o centro do lar durante toda a infância de suas filhas, ajudando também a construir a carreira do marido. Tudo isso foi construído dentro de preceitos que vinham de sua vida profissional, que tornavam essencial o ordenamento das coisas. Suas filhas, criadas então nesse ambiente familiar, foram incentivadas a aspirações artísticas, porém sem muito sucesso. Nesse ponto, Woody Allen, acho eu, tenta demonstrar a dificuldade de se criar um espírito artístico sem liberdade. Pelas poucas informações que foram dadas durante o filme, creio que sua doença começou a se manisfetar quando suas filhas começaram a alcançar uma certa independência (Renata diz que, aproximadamente na idade em que ela estava, a mão começou a ficar doente). Seu mundo foi se desmoronando com a sua falta de controle sobre ele. Com a separação, nada mais do mundo, pintado como um quadro da perfeição, restava.
Sendo assim, a única das três filhas com sucesso profissional não podia deixar de ser a única que se permitia questionar. Nem por isso, o filme foca em alguém como uma mente saudável. Enquanto Joey, que idolatrava a mãe e era amada pelo o pai, se debatia entre desejos, possibilidades e sua moral, não conseguia dar um rumo a sua vida. Flyn, por sua vez, era representante do espírito jovem. Abdicou de um ser artístico por um viver artístico, mesmo não sendo nenhum sucesso no meio. Renata, por outro lado, era o novo centro da família. A nova figura a ser idolatrada. Escritora de sucesso, julgava o resto do mundo de forma esnobe, com condescendência. Criticava rigidamente os demais, porém sempre oferecia como opinião uma mentira agradável. Evitando o conflito, sim, mas creio que seja reflexo também de uma superioridade, não achando pertinente declarar a verdade por não ter expectativa de nivelamento entre seu gênio e o dos demais. Todas as personagens com aspiração artística têm em comum um ponto: o egocentrismo. Um ponto de vista interessante abordado por Woody Allen.
É um filme de cenas estáticas, técnica impecável e que valoriza o silêncio das cenas. Ele contrapõe o espírito e o corpo de forma a contrastar as personagens expressivas das racionais, valorizando claramente as últimas.


NOTA NO LISTA: 8.0

Uma Vida Bege

Eu particularmente ADORO Woody Allen mas nunca havia visto um drama verdadeiro feito por ele. Eu também gosto muito de dramas, me fazem pensar sobre meus próprios conflitos. Juntando os dois eu acho que gostei também. Interiors é um filme denso, sobre mulheres difíceis, sobre inveja, busca de algo significativo para a vida e principalmente solidão. A mãe é uma mulher sofrida, o esteriótipo perfeito da depressão, egoísta e extremamente solitária que após o divórcio fica mais terrivelmente sem graça. Definitivamente uma mulher sem graça, com um conceito de arte sem espírito, tudo ao seu redor é bege e branco dando um tom de solidão e tristeza, talvez até de vazio. Sempre busca a morte como alternativa para os seus problemas, mas acho que na verdade era só uma tentativa de chamar atenção para si e ser mais um pouco egoísta. Se mostra sempre frágil e faz com que as pessoas ao seu redor fiquem o tempo inteiro ponderando o que falam. Eu detesto gente assim e detestei a personagem, obviamente muito bem interpretada por Geraldine Page. Aquela cena da fita sendo colada nas portas, com aquele barulho insuportável realmente me incomodou. Quanto às filhas, Diane Keaton, como musa de Woody, era a mais normal e mais conformada também e a mais bem sucedida com a qual Joey, a irmã do meio, tinha inveja da criatividade. Ambas entretanto tinha seu conflito, Renata (Diane K.) procurava o sentido da sua vida, talves porque já tivvesse tudo o que precisava na vida, até o marido frustrado e chato, e também tinha inveja da relação irmã com o pai. E Joey tinha inveja da criatividade da irmã, do relacionamento da irmã e se tinha um sentimento de obrigação de cuidar da mãe que as outras não tinham, talvez por um "complexo de édipo" feminino. A irmã mais nova, Flyn, era a narcisista, não se preocupava com ninguém além dela mesma e era extremamente simples em relação à vida, acho que é a única personagem leve do filme.
O pai era uma pessoa peculiar, que suportou um casamento com uma depressiva o quanto pode e depois suavemente foi se deixando afastar dessa realidade doentia encontrando, pra mim, a melhor personagem do filme, Pearl, uma mulher decidida, alegre, com uma imensa vontade de viver e que muda com sua jovialidade sessentona o cenário ao seu redor, incomodando os personagens conformistas como Joey. O contraste de suas cores com aquela casa sem graça demonstra muito bem isso. Adorei ela, ela expira vida!
Conclusão: um filme brilhando, com atores ótimos e uma direção e direção de arte perfeita.

NOTA DO LISTAL: 8,0

#8 - Interiors (Woody Allen 1978)


From Wikipedia, the free encyclopedia:

"Interiors is a 1978 drama film written and directed by Woody Allen. Featured performers are Kristin Griffith, Mary Beth Hurt, Richard Jordan, Diane Keaton, E.G. Marshall, Geraldine Page, Maureen Stapleton and Sam Waterston.
Page received a BAFTA Film Award for "Best Supporting Actress" and was nominated for an Academy Award for Best Actress. The film received four other Oscar nominations, two for Allen's screenplay and direction, one for Stapleton as "Best Actress in a Supporting Role" and another for Mel Bourne and Daniel Robert for their art direction and set decoration. [4] It is Allen's first film in the drama genre." Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Interiors


Sugiro uma leitura breve sobre Woody Allen feito por Rubens Ewald Filho: http://www.rubensewaldfilho.com.br/home/diretores_box.asp?paDiretor=134

sábado, 3 de outubro de 2009

Viva aos anos 80

Curti, curti! Se me perguntarem, não direi ser minha obra predileta de Almodòvar, mas já a colocaria na frente de "Fale com Ela" e de "Tudo sobre Minha Mãe". E olhe que eu simpatizo horrores com Cecilia Roth. Já com Carmen Maura, eu gosto dos filmes que vi com ela e a considero boa atriz, mas algo nela me lembra Glória Pires, e isso me incomoda horrores. Quanto à fotografia, desculpe por supor sobre o que você falou, Blake, mas não acho que tenha sido ela, enquanto técnica ao menos, que tenha te desagradado, mas o estilo década de 80 em si. Apesar de acharmos brega, afinal é década de 80, a fotografia teve momentos bem legais. Será que o que te desagradou não foi exatamente o estilo das roupas, penteados, etc? Mas algumas cenas tinham enquadramentos bem interessantes. Não gosto de falar muito disso. Me sinto meio Nerd. quanto a seu trauma de filmes espanhois, lhe recomendo um exorcismo. Para você deve ser torturante vê-los se lhe lembram coisas tão decadentes quanto Maria do Bairro.
Quanto à beleza, fico me perguntando se ele não escolhe personagens com uma estética peculiar de propósito. A tal namorada de Esteban parecia muito com uma pintura de Picasso. De qualquer forma, tenho que admitir que a estética do filme, por estar desligada da estética contemporânea como nenhuma outra (só década de 80 consegue isso, por mais que esteja na moda novamente), é uma grande barreira. Em alguns momentos tem uns desleixos de roteiro que dão um clima um tanto novelesco, mas são rápidos. Não achei que o vermelho foi exagerado. Afinal, como alguém pode se incomodar com cores quando existem ombreiras para incomodar mais? Em homenagem aos anos 80, a nota é 8.0.

PS.: Filme de Almodòvar que eu detestei foi Kika. Esse sim não vale à pena.

NOTA NO LISTAL: 8.0

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um brinde à histeria.

Como disse no meu comentário à postagem anterior, achei o filme mais ou menos, a fotografia é meio brega, mas vá lá, anos 80 né?! Vermelho é uma cor legal mas tudo tem limite!! Que atriz hororrosa era aquela que era a noiva de Antônio Bandeiras??? Afe!! Tenebrosa!! E, acho que ele só conseguiu destaque depois desse filme porque era o único mais ou menos simpático (no quesito beleza) de todo o elenco. Quanto ao texto, achei interessante, isso foi a parte que eu gostei, cheio de reviravoltas e com um desfecho intrigante e bom, por assim dizer. A atriz principal é muito boa, mas, não sei porque, toda vez que assisto a filmes espanhois me lembro de Talia em suas tradicionais "Maria do Bairro" e "Maria Mercedes" ou então me lembro de "A Usurpadora". Acho que falar espanhol é patognomônico de dramalhão. A idéia de um monte de mulher descontrolada é típido de Almodóvar, como em Volver. Ele gosta de mulher histérica e problemática. A idéia de um clã feminino ligado a um homem e brigando por ele, tentando chamar sua atenção é irritante, mas realista, é o que acontece na vida real, tenho que admitir que mulher é um ser peculiar, que por mais independente que seja vive em função do homem com quem se relaciona e o diretor consegue mostrar essa idéia nesse filme, e em Volver também. Por esse e outros motivos, acho que gosto do estilo do diretor e dos roteiros aos quais ele se presta a fazer filmes. Entretanto, gosto de ver coisas bonitas, coisas feias vejo todos os dias e me entendiam, me irritam até. No meu momento de lazer gosto do belo, aliás quem gosta do feio, não é mesmo?! Achei o filme feio, as imagens cansam os olhos e são bregas, o elenco é feioso, a fotografia é exagerada... enfim, feio.

NOTA DO LISTAL: 6,0

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988)

por Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

O filme que consagrou nos EUA e internacionalmente o diretor espanhol Pedro Almoldóvar (a fita teve indicação ao Oscar de Filme Estrangeiro e Jane Fonda comprou os direitos para refilmagem, que nunca realizou). Foi também premiado como melhor Atriz e Filme europeu do ano, melhor Roteiro em Veneza, Melhor Filme Estrangeiro pelos Críticos de Nova York.

Uma divertida comédia que foi um trabalho mais convencional de um diretor até então mais atrevido e ousado. Um pouco teatral, revelou também o hoje astro Antonio Banderas (mas a amizade do diretor com sua então musa Carmen Maura acabou após a fita). As situações vão se tornando cada vez mais loucas e engraçadas (como as piadas com o Gazpacho que tem pílulas para dormir).

Edição banal. Mas o filme vale a pena, com seu humor original e anárquico. Uma boa iniciação para o universo de Almodóvar.

FICHA DO FILME

  • Título original: Mujeres al borde de un ataque de nervios/ Women on the verge of a nervous breakdown
  • Diretor: Pedro Almodóvar
  • Elenco: Carmem Maura, Fernando Guillén, Julieta Serrano, Maria Barranco, Antonio Banderas, Rossy de Palma, Kiti Manver, Guillermo Montesinos, Chus Lampreave
  • Gênero: Comédia
  • Duração: 89 min
  • Ano: 1988
  • Cor: Colorido


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

História de Amor à la The Beatles

Definitivamente é um filme interessante, gostei das musicas, dos atores, da história romântica e do contexto colocado. Acho que passou de forma diferente o ponto de vista da classe média americana naquele momento histórico e não achei que colocaram efeitos especiais demais. Gostei da fotografia, bem típica e psicodélica. Adoro o ator principal que interpreta Jude (Jim Sturgess) muito bom e muito fofo (adoro o sotaque particularmente), Evan Rachel Wood é ótima, como sempre, e o melhor tem Bono!!! É bom ter algo diferente sobre aquela época, cansada do modelo "miss Saygon" ou "Paz e Amor"... Não lembro do que eu não gostei, o que é bom afinal.

NOTA LISTAL: 7,0

domingo, 27 de setembro de 2009

Musical ou crime histórico?

Esse foi, definitivamente, um dos piores musicais de toda a minha vida! E eu adoro musical! High School Musical merece o Oscar perto dessa produção de merda (Não entendam mal. High School Musical não é digno de nada mais que o teen choice...e disso ele é porque...bem...são os adolescentes que escolhem. Só por isso!). Vamos por partes:

O filme é, NADA MAIS QUE UMA COLAGEM de músicas dos Beatles.
A preocupação com a fidedignidade das coisas é tão inexistente que ATÉ O MEIO DO FILME, QUANDO DIZ VIETNÃ, NINGUÉM NOTA QUE NÃO É UM FILME QUE NÃO SE PASSA NO MOMENTO ATUAL.
O filme faz uma relação patética entre personagens e nomes citados em músicas dos Beatles. Era pra eu rir quando Sadie disse que Max poderia ter matado a avó com uma martelada?
A PIOR PARTE DO FILME É ELE TODO. Isso porque o roteiro não passa de um mix aleatório de letras dos Beatles, com o qual fica impossível dar uma profundidade aos personagens, sem contar que a história fica sem nexo. Além disso, a preocupação que as músicas ficassem bonitinhas não permitiu sequer uma lógica com o momento dos personagens. Sério, uma pessoa no leito do hospital cantando como se estivesse em um campo florido?
ELES DESTRUÍRAM A LEITURA DO QUE FOI O MOVIMENTO HIPPIE. A versão hippie chic deles de história destruiu qualquer noção de ideologia ou de revolta dentro do filme. Você não entende porque pessoas tão superficiais e tão desligadas do mundo estavam engajados.
LARGARAM UM ESTUDANTE EM SEU PRIMEIRO ESTÁGIO NA SALA DE EDIÇÃO. Definitivamente, alguém estava descobrindo a tecnologia de efeitos especiais. Qual a necessidade de usar todos os efeitos especiais em um único filme? Exagero e falta de lógica (e, observo, que nenhum deu sequer a mais remota noção de psicodelismo, se foi isso que tentaram).
E, para todos aqueles que gostam dos Beatles, ELES DESTRUÍRAM TODAS AS MÚSICAS QUE OUSARAM INSERIR NO REPERTÓRIO.

Meu comentário saiu curto, porque a maior parte dos adjetivos que me vêm à cabeça não são apropriados para uma publicação.

PS.: Se alguém está pensando: coitados deles! É um filme feito por jovens inexperientes! Não, não é! A diretora é a mesma de Frida, e os roteiristas têm trabalhos que antecedem o meu nascimento.

NOTA NO LISTAL: 2.0

#6 - Across the Universe (2007)


Across the Universe is a 2007 American musical film directed by Julie Taymor, produced by Revolution Studios, and distributed by Columbia Pictures. It was released in the United States on October 12, 2007. The script is based on an original story credited to Taymor, Dick Clement, and Ian La Frenais. It incorporates 33 compositions originally written by members of The Beatles.
The film, directed by Taymor, stars Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson, and T. V. Carpio, and introduces Dana Fuchs and Martin Luther McCoy as actors. Cameo appearances are made by Bono, Eddie Izzard, Joe Cocker, Salma Hayek, and others.
Opening to mixed reviews, Across the Universe was nominated for both a Golden Globe and an Academy Award. Two members of the supporting cast, Carol Woods and Timothy T. Mitchum, performed as part of a special Beatles tribute at the 50th Grammy Awards.



OBS.: Tive que colocar o resumo em inglês porque odeio quando escrevem "estadunidense" como estava na tradução para o português!!


sábado, 26 de setembro de 2009

Filme 5: A insustentável leveza do ser

Antes de mais nada, como o objetivo do blog é, de certa forma, discutir os filmes (e pela primeira vez as opiniões foram muito discordantes), vou falar sobre o que discordo sobre o post de Blake.

1 - Thereza foi injustiçada. Acho que, verdadeiramente, ela é a personagem mais forte do filme. É a única equilibrada que ama e quer ser amada e toma o rumo de sua vida. Politicamente, não fica pra traz. Pode não ser partidarista, politizada no sentido de participante do núcleo político, mas ela, durante a invasão de Praga, é a verdadeira indignada com a situação. Ela vê o que estava sendo feito com o povo e se indignou com isso. Foi corajosa à ponto de se arriscar, por acreditar que a denúncia de tais absurdos era seu dever, sua forma de se impor politicamente à situação. Quando foge de Praga, após seu retorno, não é pela "feiura" da cidade, mas por, pela primeira vez, se sentir realmente oprimida pelo sistema. E isso só foi possível porque tocaram no ponto mais verdadeiro dela: seu amor por Thomaz. Quando a suspeita de que o engenheiro fosse um agente chantagista que revelaria, ou ameaçaria revelar suas fotos, para Thomaz, aí ela abandonou tudo para se refugiar no campo.

2 - Thomaz é um personagem um pouco mais denso que a superficialidade demonstrada por ele. Acho que a ele é dedicado com mais ênfase o título da obra. Apesar de sua tentativa, não com a sua verdade (como é o caso de Thereza, que não tenta provar nada, mas se permite criar um ponto de vista individual sobre as coisas. Sem submetê-las a preceitos maiores, mas julgando-as à partir de uma visão mais ampla), mas com o seu princípio de vida - de viver a vida de forma leve, ele passa superficialmente por tudo que perturba esse seu dogma. Porém, essas pequenas afirmações de seu estilo são feitas quando ele não põe em risco o que realmente é importante para ele: o amor de Thereza. Quando ela regressa para Praga, toda sua filosofia é posta de lado, e ele assume a força do amor dele por ela (maior que qualquer noção física ou ideológica de liberdade). Ele se permite afirmar politicamente enquanto isso não interfere no seu romance.

3 - Sabine é a mais sábia, e a mais superficial das personagens. Se me perguntassem com qual atitude perante o ocorrido em praga eu concordo mais, certamente, minha resposta é: com a atitude de Sabine. Lutou para se preservar e tentar uma vida saudável. Sua superficialidade está exatamente aí. Ela é uma personagem que não se permitiu amadurecer. Enquanto os demais personagens se permitiram mudar com o tempo, ela manteve sua superficialidade, numa vida nômade, onde não precisa se aprofundar em nada porque não se apega com nada. Uma personagem um tanto Seinfeld - começou e terminou o filme na mesma. Ela não era livre, mas prisioneira de medos - como o de um relacionamento mais profundo.

Bem, de resto, é um filme muito bonito e muito denso quanto à natureza das relações. Em determinados momentos, eram mostradas cenas fotograficamente perfeitas. Até salvei algumas no meu computador, mas a cena para mim digna de troféu é a cena dos homens jogando xadrez na terma (segue abaixo)




















NOTA NO LISTAL: 9.0

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

“Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!”


O que eu posso falar desse filme?? Bem, é muito parecido com o livro, que, por sinal, é meu livro favorito, e por isso é muito bom, gostei muito de como ele colocou algumas partes que são narradas no livro, como a diferença entre leveza e peso nas falas dos personagens, foi muito bem arrumado realmente. Foram também reportadas cenas importantes do filme e de forma muito fidedigna à idéia do autor do livro, os atores conseguiram mostrar o que cada personagem realmente representava, a minha favorita é Sabina e a atriz que a interpreta (Lena Olin) é brilhante! Acho que o personagem que foi menos aproveitado foi Franz mas realmente não dá pra retratar tudo, e olha o que filme já é bem longo. Gostei muito das cenas da Primavera de Praga, muito bem alocadas em preto e branco, com um tom de cenas antigas e os atores misturados a tudo isso, muito bom mesmo. Falando um pouco dos personagens:

1. Franz: o homem que trai a esposa e que é acomodado e acha bonitinhos os protestos, mas não se importa com as causas. (No livro ele é mais idiota, mas no filme fala-se pouco dele).


2. Thereza: inocente e jovem querendo viver o que ela via nos livros, cai na real que o amor (amor esse que talvez seja apenas mais uma tentativa desesperada de sair daquela cidadezinha vazia, tentativa de viver algo diferente, pressupondo que Tomas era diferente dos outros porque, ao contrário dos outros homens da cidade dela, ele tinha um livrinho nas mãos?!). Sua opinião política é inexistente, ela vai com o momento, resolveu participar da manifestação e se envolveu pelo momento, mais preocupada em bater fotos do que verdadeiramente com o propósito da ocasião. Com o tempo ela fica muito menos envolvida com a parte política e acho que sua ida para o interior demonstra isso, além do fato de ela estar fugindo da “feiúra” que Praga agora representa pra ela.


3. Tomas: O homem que acha que a vida é leve, o que para ele significa que não se pode controlar as coisas, as atitudes, os desejos, as ânsias, acha que se vive e pronto sem chances de consertar o que já foi vivido, e por isso vive a vida como se tudo se bastasse por si só, como se as outras pessoas complicassem a vida, acaba caindo na armadilha de Thereza que chega em sua casa de mala e cuia sem intenções de voltar pra província que ela morava e o compra com sexo e o prende com algo que nem ele sabe o que é mais que ainda não reconhece como amor porque na verdade não sabe o que é mesmo amor, e acha que pode simplesmente fazer tudo o que ele fazia antes sem afetar ninguém mas começa a perceber que nem tudo é leve como ele pensa. As vezes ele encara Thereza meio como louca mas sabe que o que ela está falando é completamente verdade. Acho que no fim ele começa a entender o que é amor e realmente entende que ama Thereza. Em relação à política, ele critica, mas nada faz, quer dizer, ele escreve um artigo sobre uma teoria que ele criou muda muita coisa por causa do editor, e acaba sofrendo as conseqüências disso quando retorna a Praga sob governo soviético, mas nem ele mesmo dá importância ao texto que escreveu, só não assinou a carta que o governo mandou ele assinar para não ceder e acho que pra não se sentir humilhado como o restante das pessoas que trabalhavam com ele no hospital. Participou da caminhada mas era fraco o suficiente para ficar sempre escondido nas laterais do movimento, nem quando Thereza foi bater as fotos de perto e entrar na confusão verdadeiramente ele quis se envolver, via tudo de fora, como um telespectador medroso.


4. Sabine: alma artista, atitude de artista, talvez a única verdadeiramente leve na história, sem amarras de nenhum tipo, quer dizer, ela é um pouco presa a Tomas de um jeito diferente, que a impede inicialmente de gostar de Thereza, mas que não é amor ou paixão, talvez um sentimento do posse... não sei. É egocêntrica e narcisista, como nas cenas que ela faz sexo se olhando no espelho ou quando põe o espelho no chão e fica se observando. Gosta de viver a vida, é impulsiva e como ela mesma diz “adora abandonar tudo”, é aquela que mais ver as coisas com clareza provavelmente porque não é apegada a nada e consegue separar emoção, que ela não tem muita, de olhar crítico e ácido. O seu ponto de vista dá um tom mais realista e banal às ações políticas que estão ocorrendo.


  • Algumas informações úteis:
    A invasão soviética a praga e à república tcheca: Em 1968 a cidade foi cenário do movimento popular que se tornou conhecido como Primavera de Praga, que resultou na invasão das tropas do Pacto de Varsóvia. As manifestações populares de repúdio à ocupação se multiplicaram e foram reprimidas com violência. Em 31 de dezembro de 1992, com a dissolução dos laços que uniam checos e eslovacos numa federação única, Praga deixou de ser a capital da Checoslováquia e passou a ser capital da República Checa.(Wikipedia)
    Primavera de Praga: http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_de_Praga
    Revolução de Veludo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_Veludo

  • Algumas observações inúteis:
    Muitos, muitos pêlos nas axilas de Juliete Binoch!!
    O ator que faz Tomas não é bonito!! Além do que, me lembra o ator de Two and a Half men!!

NOTA DO LISTAL: 9,0

#5 - The Unbearable Lightness of Being (1988)




Resumo e-pipoca (http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=8112)

A Insustentável Leveza do Ser
(The Unbearable Lightness of Being, EUA, 1988)


Gênero: Drama
Duração: 171 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Distribuidora(s): Warner Home Vídeo
Produtora(s): The Saul Zaentz Company
Diretor(es): Philip Kaufman
Roteirista(s): Milan Kundera, Jean-Claude Carrière, Philip Kaufman
Elenco: Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche, Lena Olin, Derek de Lint, Erland Josephson, Pavel Landovský, Donald Moffat, Daniel Olbrychski, Stellan Skarsgård, Tomek Bork, Bruce Myers, Pavel Slaby, Pascale Kalensky, Jacques Ciron, Anne Lonnberg

SINOPSE
Baseado no romance de Milan Kundera, a história fala de um jovem cirurgião que se refugia em Praga. Sedutor, ele está mais preocupado como sua liberdade e na busca de uma felicidade alheia a compromissos ou ideologias políticas. Mas é surpreendido quando sua emoção passa à frente da razão.

Candy Girl

Adorei o filme. Provavelmente, já que duas pessoas me disseram que é bom, mas não sensacional, ele não é tão interessante quanto eu achei. Até porque faz séculos que não assisto a um filme simplesmente divertido e não frequento cinema há uma eternidade. Então, me diverti horrores. Como me disseram que esse não é nem dos melhores filmes da dupla Shirley MacLane e Jack Lemon (que para minha decepção, não tem um senso de humor azedo ainda jovem), acho que vou assistir a muitos outros.
Não tenho muito o que comentar. É uma comédia romântica. Sabe como é. O mocinho conhece a mocinha (nesse caso, uma prostituta), se apaixonam, tem um grande rolo e, no final, tudo se esclarece, unindo os dois, felizes e apaixonados.

NOTA NO LISTAL: 10.0

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Irma... doce??

Cute Movie!! Achei interessante esse filminho parisiense, uma versão americana e estereotipada de Paris, mas mesmo assim, com toque francês sutil. Gostei da atriz, muito bonitinha e com boa interpretação, mas a vozinha é meio chatinha. O ator me lembra um professor meu da faculdade, mas enfim, mostrou graciosamente como ser bonzinho não é lá grande coisa quando as coisas ao seu redor não funcionam como você acha que deveriam funcionar, conseguiu passar muito bem a idéia do inocente que é levado para o “lado negro da força” forçozamente, mas que consegue, de certa forma, se adaptar bem ao ambiente adverso e começa até a entendê-lo, mas obviamente ele não agüenta dividir a mulher com mais ninguém, como, aliás, acontece em todos os filmes de prostitutas, ele sente ciúmes e quer que ela pare de trabalhar nesse ramo... me lembrou Moulin Rouge até, talvez eles tivessem se inspirado um pouco nesse filme... mas então, cria toda aquela novela do cara que paga pra ela não fazer sexo e acaba novamente quebrando a cara porque ela tenta trocá-lo pelo rico, tenta sim, mesmo o motivo dessa troca sendo nobre, ela tenta trocá-lo pelo rico, como em todas as histórias reais.
O cachorro é muito, muito fofo, eu particularmente não aprecio os puddles, mas esse era fofo e, como disse antes, bem francesinho no seu estereotipo.
Aquelas meias verdes dela não me agradaram, as vezes, me lembravam O Grinch...
O filme é bom, mas é longo e a história é meio batida, toda igual a qualquer outra historinha do gênero, não há efetivamente nada de novo, pode até ser que naquela época isso fosse novo, o que obviamente valoriza o filme.

NOTA DO LISTAL: 7,0

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Irma La Douce


Em 1963, quando ainda existia Código de Produção e auto-censura dos estúdios, era uma ousadia fazer um filme sobre uma prostituta e seu cafetão - mesmo quando realizado pelo mestre Wilder, habituado a quebrar tabus e com a mesma dupla de atores do sucesso "Se meu Apartamento Falasse". Originalmente era uma peça de Alexandre Beffort com música de Marguerite Monoud, montada nos EUA em 60, mas Wilder e seu habitual parceiro I. A. Diamond tiveram a ousadia de cortar todas as canções, deixando as melodias apenas como fundo musical arranjados por André Previn, que, por sinal, ganhou o Oscar de arranjos musicais. O filme também foi indicado por melhor atriz (Shirley) e fotografia.

O projeto inicial era para ser como Marilyn Monroe (que morreu antes) ou Elizabeth Taylor (que estava no auge do romance com Burton e, portanto, criando problemas) e com o grande Charles Laughton como Moustache (ele estava muito doente e o papel foi reduzido). Toda a ação se passa no bairro parisiense de Lês Halles, que era o grande mercado local e que logo iria ser totalmente demolido (hoje em dia é um enorme parque e centro cultural, Georges Pompidou). Fora algumas externas, tudo foi reconstruído em estúdio.

Não é das obras-primas do diretor. Um pouco arrastado e longo, com momentos mortos, elenco de apoio duvidoso, o humor ficando num meio-termo (a
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ousadia não pode ir muito longe e acaba tornando tudo meio conto de fadas, com o eterno clichê da prostituta do coração de ouro). O charme do filme recai muito em cima da dupla central, que já teve melhores momentos. Mas ainda está acima da média. Estréia no cinema de James Caan.

Por Rubens Ewald Filho

Veja o Trailer a seguir:

Sinédoque, Nova Iorque

Bem, que Charlie Kaufman é meu roteirista predileto, já é fato desde Adaptação. Porém acho que o salto para a direção foi um tanto brusco. Se em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrança e em Adaptação ele não tinha a autonomia para fazer de sua obra algo completamente pessoal, eram filmes que permitiam que o público viajasse em suas rotas introspectivas, nesse o elo entre filme e público ficou meio perdido. Não me refiro a Quero Ser John Malkovich porque, desse filme, não tenho nada a declarar. Senti que era um filme bastante interessante, mas não captei.
Voltando, Kaufman com a faca e o queijo na mão significa, ou significou nesse caso (espero que haja uma evolução com o tempo), que muito poucos poderiam tirar uma mordida. Sinceramente, não me incluo nesse grupo, mas não acho que seja um problema esse tipo de arte mais pessoal. Porém, temo porque ele não lida com filmes de baixo orçamento, mas com a grande indústria do cinema. Se não tiver público para reverter o custo de suas obras em retorno financeiro, temo que ele seja riscado da lista de investimentos.
Então, parando de falar sobre como não quero que Charlie Kaufman pare de fazer filmes, vou iniciar com as coisas óbvias. O filme é iniciado em um ambiente familiar artístico. No entanto, Caden e sua mulher não compartilham de nada além de uma casa e uma filha. Ele, enquanto artista introspectivo, niilista, neurótico e hipocondríaco, aos poucos tem sua imagem refletida pela filha pequena, que tem preocupações com a saúde que não são naturais de sua idade. Até aí, está tudo claro. Até porque Kaufman entrega o jogo quando ela se senta para o desjejum e se recusa a comer cereais, optando por um sanduíche igual ao do pai (que olha para ela, reconhece a semelhança e sorri).
A mãe, por outro lado, é uma artista de miniaturas (é necessário o uso de lentes de aumento para enxergar seus quadros) e possui uma filosofia de vida muito mais expressiva e extravagante. Possui uma grande amiga que fala para Caden, em certo momento, que não interessa se gostem de sua obra, mas a sua (de Caden) satisfação artística. Nesse ponto é colocada a contradição, onde ele, em sua introspecção, tenta se expressar para o mundo e espera a apreciação. Elas, por sua vez, estão fazendo a arte na busca da satisfação pessoal. A peça de Caden, para as duas, é sofrível. Ele, porém, não deixa claro o que acha das obras da mulher, que o deixa, levando a filha consigo.
Depois disso, vem uma enorme e massante história sobre a produção da peça que ele inicia com a verba de um fundo de incentivo a grandes artistas. Acho que à partir daí, a obra toma outro nível de compreensão. Deixa de ser uma realidade para ser uma visão artística de Caden sobre o mundo. Ele se relacionou, então, sem nunca conseguir ter relações sexuais, com uma assistente que compra uma casa "pegando fogo que nunca é consumida" (grande metáfora para...bem, não sei pra que. Se alguém souber, me diga, por favor! Como comecei a enxergar como se fosse a leitura dele do mundo, até me passou pela cabeça se ele, presunçosamente - ele não era um artista humilde - não achava que ela o desejava tão intensamente. Isso porque, só quando eles finalmente fizeram sexo, ela morreu asfixiada em sua casa, já idosa. Mas não acho realmente que seja isso...e nem sei se não deveria apagar esse comentário. Já estou vendo quem ler isso rindo da interpretação ridícula rsrsrsrs). Depois se casou com a atriz principal de sua peça. Com o passar dos anos, o galpão escolhido para sediar a peça não parecia em nada com um teatro, mas com uma replica perfeita da cidade de nova iorque. Seus personagens, trabalhados de forma desgastante por mais de 17 anos, tentam se aproximar do que ele considera a essência dos personagens e têm um objetivo platônico de alcançar a perfeição. Nessa brincadeira, onde a arte imita a vida, a vida também passa a imitar a arte, quando surge um personagem que interpreta e substitui Caden quando necessário, após passar 20 anos o observando. Então, começa uma briga de alter-egos durante o filme, onde a peça deixa de estar sobre o controle do diretor, e passa a se auto dirigir. Porém, a autodireção da peça tende à fazer dela parte do cotidiano...o que é óbvio, nunca será uma peça real, para apresentação do público, por nunca estar completa.

Nota no Listal: 7.0

SYNECDOCHE, NEW YORK

Primeiros 30 min de filme: insuportáveis, não tenho nem o que comentar... Próximos 30 minutos: nada a comentar... E aquela casa pegando fogo??? Fale sério... pelo amor de deus, qual era a doença do cara?? Brotuejas?? Ao Deus!! Não gosto de filmes psicodélicos.

NOTA DO LISTAL: 5,0

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sinédoque, Nova Iorque - o filme da semana passada

Comentários de Rubens Ewald Filho


Esperava-se muito da estréia na direção de Charlie Kaufman que ficou famoso como roteirista, tendo ganhado o Oscar por Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (02), tendo indicações também por Adaptação (02) e Sendo John Malkovich (1999). Mas depois de fracassar concorrendo ao Festival de Cannes de 2008, este estranho filme provocou reações desencontradas nos EUA, na base do ame-o ou odeio-o. O fato é que Kaufman exagerou na dose, fazendo um filme fechado, difícil de se suportar e analisar, a partir de um título para o qual não há explicações no seu desenrolar (ele sugeriu que as pessoas procurassem no dicionário, onde se diz que sinédoque é uma figura literária quando se pega a parte pelo todo, por exemplo dizer 50 velas em vez de 50 navios, o todo por uma parte (como falar em sociedade por alta sociedade), a espécie pelo genérico (cortador de gargantas por assassino), gênero pela espécie (criatura em vez de homem), ou nome do material de que é feita a coisa (a madeira de que é feita o palco em vez de palco). Mas o título do filme também é uma brincadeira com o lugar onde se passa a história, Schenectady, Nova York, um lugar que tem o Zip Code (de 12345).

Já de princípio tenho implicância com autor que não dá as chaves na obra para ela ser bem compreendida. Mas as pessoas, intelectuais digamos assim, gostam desse tipo de quebra cabeça e podemos pelo menos afirmar que Kaufman é mais consistente e sério que qualquer Lynch. Mesmo que por vezes incompreensível pode ser achar que Kaufman é pretensioso, mas sua inquietação ao menos parece sincera.

A história é centrada num diretor teatral chamado Caden Cotard (Hoffman), que tem paralelos com Proust, e teria uma doença chamada Síndrome de Cotard, que provarão ilusões negativas e nihilistas. Ele é casado com uma artistas plásticas (Keener) e pai de uma garotinha. Consegue uma grande verba para montar um super espetáculo de teatro de vanguarda e o tempo vai passando sem que os personagens percebam (porque os espectadores estão muito conscientes do sofrimento). Tem uma piada ótima quando um dos atores diz: mas faz 17 anos que ensaiamos e ninguém viu ainda!

A esta altura já ficou claro que se trata de um filme experimental, que brinca com a estrutura e o tempo cinematográfico. Ou seja, a expectativa já vira outra. Não espere muita coerência, aceite vôos de imaginação pela fantasia e a abordagem de forma inaudita dos grandes medos do ser humano: solidão, morte, doença, futilidade. Não é uma diversão recomendada a ninguém que queria um entretenimento leve e passageiro. Nem pensar. Assistir a segunda parte do filme é um exercício penoso.

Não cabe aqui uma análise mais aprofundada. Mas espero que tenham aqueles que a façam. Quem sabe quando eu vou rever o filme num bom cinema. Ele merece esse respeito ao menos.

(Fonte: http://www.rubensewaldfilho.com.br/home/cinema_detalhe2.asp?paNFilme=1644)

Uma curta história de amor...

Eu até gostei da Trilogia das Cores, mas realmente achei esse filme monótono... Não sei se porque sou adepta da idéia clichê do amor ideal, ou a velha comédia romântica americana, mas realmente não gostei do amor platônico estereotipado na idéia da mulher mais velha, experientíssima, mas frustrada com o amor X o menino imaturo, romântico, inexperiente que tenta mostrá-la o verdadeiro amor... pra falar a verdade acho que essa história de mulher mais velha e menino novo foi suficientemente explorada em “A primeira Noite de um Homem” e não acredito que caiba mais essa idéia em filmes... na verdade é até engraçado em “American Pie”. Enfim, não gostei muito, fiquei com sono, minha legenda não estava muito sincronizada e eu realmente não entendo nada em polonês,mas acho que não perdi muita coisa com minha falta de sincronia, afinal o filme é lento o suficiente pra não atrasar muito o entendimento da cena.

O que ei gostei foi da fotografia, principalmente a cena em que ela encosta no vidro com bolinhas vermelhas cor de sangue e descobre porque ele cortou os punhos (como se alguém morresse cortando os punhos... tão clichê...), a cor da cama dela sempre vermelha, e o contraste da mesmice da cidade marrom-acinzentada. Gostei dos atores também, nunca os vi na vida, mas gostei da encenação. Bem, só gostei disso.

NOTA DO LISTAL: 7,0 (por respeito ao diretor)

sábado, 5 de setembro de 2009

Um filme curto sobre amor

Bem, eu curto Kieslowski, pelo visto. Não é qualquer pessoa que consegue fazer um filme com uma estória meio incompleta ficar legal. Em suma, é um filme que conta com um personagem masculino (que vale ressaltar, é um jovem de 19 anos virgem, sem vida social e que mora com uma senhora de idade) perturbado por uma obsessão romântica, que cria uma rotina de vida ao redor da mulher amada de forma a interagir o máximo possível com ela sem se revelar. Enquanto não tem coragem de se expor, o que pode ser devido à diferença de idade ou falta de experiência, esforça-se em atrapalhar os diversos romances que a mulher tem durante o 1 ano em que a observa. Obviamente é um personagem ingênuo, que , apesar dos diversos crimes que ele cometeu (rsrs), não deseja de forma alguma prejudicar conscientemente a pessoa amada, colocando-se em risco de prisão ao revelar-se ao ver ela ser injustiçada por algo que ele fez.
Ela, por sua vez, é uma mulher atraente, que não acredita em amor. A sua última experiência romântica (que não condiz com a sexual) foi um homem que a largou para ir à Austrália. Ele tentou manter contato através de cartas, mas como Tomek (o jovem) trabalhava nos correios, tinha acesso às cartas e as interceptava. Ela é, aparentemente, uma artista plástica que não faz muito sucesso e que tenta confrontar Tomek. Por fim, ela causa a ele um constrangimento tamanho que o leva à tentativa de suicídio. Numa mistura de remorso e, o que creio mais, compreensão do que é uma obsessão romântica, ou satisfação de ser objeto de observação de alguém, ela começa o visitá-lo esperando que ele se recupere.

É por isso que não curto Gabriel Garcia Marquez. Não é por o personagem ser doentil e obsessivo que ele tem que ser detestável.

NOTA NO LISTAL : 9.0

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Filme da Semana: A Short Film About Love




Resumo da Wikipedia.com:





A Short Film About Love (Polish: Krótki film o miłości) is an expanded film version of the sixth episode of director Krzysztof Kieślowski's 1988 Polish language ten-part television series, The Decalogue.
The film, set in Warsaw, is about obsession, with a storyline that explores the themes of love and voyeurism through an examination of the relationship between nineteen-year old Tomek (Olaf Lubaszenko), raised in an orphanage, and an older woman Magda (Grażyna Szapołowska) that begins when he spies on her sex life through a telescope from his bedroom window across a courtyard to her apartment. Obsessed with her, and growing bolder, the young man invents reasons to make contact until finally he meets her and confesses his conduct and feelings. Their entanglement leads to deep psychological problems for both showing, without saying, right and wrong changing back and forth. Like Kieślowski's other Decalogue films it features the mysterious angelic 'Man In White'.
The film resembles the original television version, with minor changes and expansions to the script. The most significant change is to the ending, which was rewritten at the suggestion of lead actress Grażyna Szapołowska, who wanted the film to have a "fairytale ending".[1] The original version ends with Tomek back at work, recovered from his attempted suicide, and telling Magda that he does not watch her anymore. The film ends with Magda's more developed concern for Tomek mirroring his earlier obsession with her. The film concludes in Tomek's room after his return from hospital. She looks through his telescope into her own apartment and Kieślowski replays an earlier scene of Magda crying in her kitchen, which had led Tomek to reveal his feelings to her, only this time she is joined and comforted by Tomek.
This film was adapted in Hindi in 2002 as Ek Chhotisi Love Story.



Main cast
Grażyna Szapołowska - Magda
Olaf Lubaszenko - Tomek
Stefania Iwinska - Godmother
Piotr Machalica - Roman
Awards:
Gdansk Film Festival - Grand Prize
San Sebastian International Film Festival - Special Jury Prize
São Paulo International Film Festival - Audience Award
National Board of Review Awards - Outstanding Achievement in Foreign Film Award
Venice Film Festival - FIPRESCI award
Chicago Film Critics Awards - Best Foreign Language Film



sábado, 29 de agosto de 2009

The Cotton Club - Uma história de gangster romântica?

É realmente gostei do filme, me disseram que não era muito meu estilo mas achei algo do “meu estilo” nele. Primeiro, adoro filmes com Diane Lane e Richard Gere, eles fazem um bom casal e sempre vale a pena vê-los juntos, talvez exceto por "Noites de Tormenta" que não é muito legal não. Segundo, é um filme de gangster leve, divertido e o sangue parece água com anilina o que dá um tom lúdico afinal. Terceiro, Adoro Jazz e pessoas saltitantes em filmes, distrai. Quarto, o fim lembra um filme da Disney, os malvados todos morrem, a mocinha acaba ficando com o mocinho, me senti assistindo um filme da série “Princesas”.
Alguns comentários a mais para finalizar:
1. Quem agüenta Nicolas Cage, pelo amor de Deus!! Ainda bem que ele fala pouco!!
2. O bigodinho era levemente brega e parecia uma sujeirinha em cima da boca de Richard Gere de vez em quando;
3. Diane Lane me lembrou a mulher de Tom Cruise (conhecida antigamente como Katie Holmes), talvez seja pelo cabelo, ou pelos 20 poucos anos, sei lá...
4. O cidadão que faz Dutch (James Remar) faz uma interpretação muito boa, mas quando ele gritava a voz ficava tão grave que até era cômico, parecia que ele incorporava algo...
5. Laurence Fishburne, 20 Kg a menos, fazendo uma pontinha antes de Matrix...
Nota do Listal: 8,0